quinta-feira, 14 de março de 2013

Pontificado de Francisco poderá ser mais aberto ao mundo

A eleição do cardeal Jorge Mario Bergoglio, um jesuíta latino-americano, como novo Papa, sob o nome Francisco, poderá significar um Pontificado mais “aberto ao mundo exterior” nos próximos anos, na avaliação do jornalista e acadêmico Luiz Paulo Horta, especialista em Vaticano.
                 

A característica dos integrantes da Companhia de Jesus é serem voltados para as “missões” (empreitadas religiosas destinadas a propagar o cristianismo). É uma concepção de Igreja “para fora”, voltada para os desafios do novo mundo. Ratzinger, por outro lado, foi muito voltado para a crise da Igreja Católica na Europa.
Segundo Horta, os dois últimos pontificados (João Paulo II e Bento XVI) foram marcados pela centralização das decisões no Vaticano - ao contrário do previsto no Concílio Vaticano II, que propõe maior participação dos bispos de todo o mundo nos processos decisórios.

- Por isso, o Papa Francisco deve tender a uma abertura maior que os seus antecessores. Ele e dom Odilo Scherer (cardeal brasileiro que estava na lista dos possíveis escolhidos) podem trabalhar juntos para dinamizar a Igreja - acredita o jornalista e acadêmico.

Ele explica que a idade afastou Bergoglio das listas de “papabiles” (candidatos mais cotados para serem eleitos) discutidas arduamente desde a renúncia de Josef Ratzinger ao papado.

- Imaginava-se então que o novo Papa seria alguém mais jovem, em termos de Vaticano, ou seja, de 67, 69 anos. Mas o que importa é que ele tem um conhecimento teológico profundo, à altura do demonstrado por Bento XVI.

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