Bebê com braço gigante é portador de Linfangioma
Depois de ter sobrevivido a um parto difícil, em que
teve o braço quebrado e convulsões, Nicole de apenas cinco meses
convive agora com um braço gigante.
Linfangioma – doença que impede o fluxo de oxigênio e provoca a
crescimento de tumores benignos – não tem cura, mas um pré-natal pode
evitar as complicações da deformação. Segundo a médica Emília Alves
Bento, chefe de Cirurgia Vascular do Hospital Federal dos Servidores,
exames durante a gravidez ajudam os pais e os médicos a se prepararem
para o parto.
— Casos como da Nicole podem ser descobertos durante as
ultrassonografias do pré-natal. A doença não tem cura, mas descobrir
cedo é importante, pois o parto passa a ser de risco e deve ser
realizada uma cesariana. Evita-se, assim, o risco para a criança e para a
mãe.
Ainda segundo a médica que atendeu o bebê
na última sexta-feira (18), linfangioma não é provocado por uma doença
durante a gravidez ou algum medicamento. Foi uma falha no
desenvolvimento do organismo da menina.
— A cirurgia ainda não é uma opção para Nicole, pois os tumores estão
espalhados pelo braço e tórax. Inicialmente, ela será tratada com
medicamento para reduzir o tamanho dos tumores. E mesmo isso será
complicado, pois as substâncias são 'fortes' para o peso da menina.
A intenção é tentar manter o braço da bebê. Amputação será o último
recurso, de acordo com a chefe da equipe vascular. Os especialistas do
hospital estão estudando o caso, para saber como melhor aplicar o
medicamento.
Os pais do bebê, Ana Patrícia Vieira e Flávio Cardoso, pediram ajuda
para tratar a filha, pois vivem apenas com uma renda familiar de R$ 600,
na Rocinha, favela da zona sul do Rio. Ao saber da história do casal
pela reportagem do Balanço Geral, as associações dos moradores da
comunidade se uniram para apoiá-lo.
Ana Patrícia agradeceu as cestas básicas e fraldas que a família
recebeu. Com a filha no colo, Flávio resume a história de Nicole: “Ela é
uma guerreira”.
O problema foi identificado na gravidez. Desde então, a menina
precisa tomar remédios para a dor e tem dificuldades para se mexer por
causa do peso do braço.
Fonte: R7
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