segunda-feira, 15 de outubro de 2012

15 de Outubro dia do Professor

Hoje (15) de outubro é o Dia do Professor, muitos reconhecem a importância desses trabalhadores, pois são eles que ajudam a formar os cidadãos. Sem o docente, ninguém saberia matemática, ciências, língua portuguesa e outras matérias que nós aprendemos durante toda a nossa vida escolar. Infelizmente, a profissão é cada vez mais desvalorizada a partir de diversos pontos negativos. Por isso, o interesse em exercer também diminuiu.

Mas para Fátima Cardoso, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (SINTE-RN), os magistérios não têm muito que o que comemorar hoje. "É um momento de relembrar as lutas dos profissionais para ter melhores condições de trabalho.  Apesar de todas as adversidades, nós conseguimos exercer a profissão com coragem e temos amor aos nossos alunos”, afirma.

A pesquisa “Retrato das Escolas 3”, organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), feita no ano de 2003, entrevistou pessoas de vários estados brasileiros, incluindo o Rio Grande do Norte. Apesar dos dados terem quase uma década, a realidade dos professores ainda é a mesma e é uma das pesquisas mais recentes sobre o assunto.


O estudo apontava que 71% dos docentes brasileiros atuam em escolas da rede pública, sendo que 48% trabalham numa jornada de trabalho de 40 horas. 43% afirmaram que tinha problemas de saúde.

Um fato interessante na pesquisa feita há nove anos é sobre as respostas sobre a relação dos trabalhadores com a informática. 64% responderam que não sabiam mexer em um computador, 48% não têm o aparelho e 49% admitiram que não usam a internet.

Os dados ainda falam que 85,3% dos magistrados do Rio Grande do Norte são mulheres e 57% dos profissionais estão entre as idades de 40 a 59 anos. 69,3 % falaram para o CNTE que realizaram um curso de graduação, sendo que apenas 11,8% deles fizeram alguma especialização. Somente 40,7% dos professores falaram que lia de vez em quando algum livro.

O tempo de serviço na docência é no mínimo de 25 anos, mas a pesquisa mostrou que o tempo máximo que eles atuam é de 18 anos. 68,2% dos trabalhadores em educação não são aposentados.

Fátima Cardoso conta que apesar dos problemas, o trabalho é compensador e gratificante, uma vez que eles recebem o reconhecimento dos estudantes e da sociedade. “É uma profissão que passa e guia o conhecimento”. A professora também fala que é muito bom ver um ex-aluno lhe cumprimentar na rua e elogiar o seu trabalho. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário