Em campanha por melhorias salariais, agentes da Polícia
Federal fizeram nesta quarta-feira, 25, um protesto em frente ao
edifício-sede da PF e prometeram “radicalizar” o movimento caso não
tenham resposta positiva até o fim do mês para as reivindicações.
Gritando palavras de ordem, os policiais também pediram a saída do atual
diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello.
Os manifestantes se queixam de que o diretor-geral se preocupa
somente com os delegados e esquecem das demais categorias que compõem a
instituição. A assessoria de imprensa da Polícia Federal informou que
não vai se manifestar sobre o assunto.
O presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal
(Sindipol- DF), Jones Borges Leal, alega que mudanças no comando da
instituição vão permitir equilíbrio entre as diversas carreiras
internas. “O atual diretor-geral, Leandro Daiello, é um diretor
classista que defende somente os interesses da categoria dos delegados e
esquece dos agentes, escrivães, papiloscopistas e servidores
administrativos”, disse Leal.
O sindicalista acrescentou que a categoria aguarda até o dia 31 uma
sinalização do governo sobre o plano de reestruturação, que inclui
reajustes de salários e benefícios. “Vamos esperar até o dia 31 de
julho, data prometida pelo governo, para que ele nos apresente uma
proposta. Se for negativa ou não ocorra, pretendemos radicalizar no mês
que vem”, disse Leal.
Fábio Bueno, agente da Polícia Federal, disse que a categoria foi
reconhecida em 1996 por uma lei que beneficia os servidores de nível
superior. Porém, a mudança de interpretação da lei não gerou melhorias
na carreira e na remuneração. “De todos os cargos das carreiras típicas
de Estado de nível superior, nós temos a menor remuneração. Queremos
equiparação.”
Fonte: Estadão
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